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Caravana dos Povos Indígenas Rumo à COP30 Inicia Trajetória em Oriximiná: A Voz da Floresta a Caminho de Belém

  • avancaparaoficial
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Oriximiná, Pará – 8 de julho de 2025 – A tão aguardada Caravana dos Povos Indígenas Rumo à COP30 deu seus primeiros passos na histórica cidade de Oriximiná, no oeste do Pará. Este movimento, que promete percorrer diversos territórios amazônicos até chegar a Belém para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em 2025, representa um marco na luta pela visibilidade e pelos direitos dos povos originários. Para o Observatório Amazônida, esta caravana é um sinal inequívoco da determinação indígena em pautar suas demandas e soluções para a crise climática.


Oriximiná: Ponto de Partida e Símbolo de Resistência


A escolha de Oriximiná como ponto de partida não é aleatória. A cidade e seus arredores abrigam diversas comunidades indígenas e quilombolas, que há décadas resistem à exploração de seus territórios e defendem a floresta. É de Oriximiná que partem as vozes dos povos Wai Wai, Kaxuyana, Hixkariana, e muitas outras etnias, que se unem para levar suas mensagens e experiências diretamente ao palco da COP30.

A caravana simboliza a jornada ancestral dos povos indígenas, que sempre foram guardiões da Amazônia. É um convite ao mundo para ouvir quem realmente vive e protege a floresta, apresentando soluções baseadas em conhecimentos milenares e práticas sustentáveis.


Objetivos da Caravana e Demandas Indígenas


Ao longo de seu percurso, a Caravana dos Povos Indígenas tem como principais objetivos:

  • Amplificar Vozes: Dar visibilidade às diversas culturas, realidades e desafios enfrentados pelos povos indígenas da Amazônia.

  • Pautar Direitos Territoriais: Reforçar a urgência da demarcação e proteção das Terras Indígenas, que são as barreiras mais eficazes contra o desmatamento e a grilagem.

  • Apresentar Soluções Baseadas na Floresta: Mostrar ao mundo como o modo de vida e os conhecimentos dos povos indígenas contribuem diretamente para a conservação da biodiversidade e para o combate às mudanças climáticas.

  • Mobilizar a Sociedade Civil: Engajar não indígenas no apoio à causa indígena e na construção de um futuro mais justo e sustentável.

  • Influenciar Decisões da COP30: Pressionar os líderes globais a incluírem efetivamente as perspectivas e demandas indígenas nas negociações e nos acordos climáticos.

A caravana trará à tona pautas cruciais, como o reconhecimento da titulação de seus territórios, a proteção contra invasores, o acesso a serviços básicos de saúde e educação de qualidade e o apoio a projetos de desenvolvimento sustentável que respeitem suas culturas e modos de vida.



O Ponto de Vista do Observatório Amazônida: A Essência da COP30


Para o Observatório Amazônida, a Caravana dos Povos Indígenas é mais do que um evento; é a essência da COP30 que se manifesta. Não há como discutir o futuro da Amazônia e do clima global sem escutar e valorizar quem a protege e habita há milênios. A iniciativa reforça a urgência de uma abordagem que coloque os direitos humanos e os direitos dos povos originários no centro da agenda climática.

É vital que os líderes, negociadores e participantes da COP30 em Belém estejam preparados para receber, ouvir e integrar as propostas que virão dessa caravana. A legitimidade e o sucesso da Conferência dependerão, em grande parte, da sua capacidade de dar voz e vez aos verdadeiros guardiões da floresta.

O Observatório Amazônida acompanhará cada passo desta caravana, ecoando suas mensagens e defendendo que as soluções para a crise climática passem necessariamente pela garantia dos direitos e pelo protagonismo dos povos indígenas da Amazônia. A floresta em pé depende da força e da sabedoria desses povos, e a Caravana é a materialização dessa verdade.


 
 
 

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